Confira 6 Tendências Tecnológicas que vão impactar o SEO

Mulher analisando dados

Em 2015, fazer SEO era quase como seguir uma receita de bolo:

  • Palavra-chave no título 
  • Backlink com anchor exata
  • Post de 2.000 palavras com H2s e bullet points

Mas aí veio o BERT, depois o Core Web Vitals, e agora… a IA generativa decidiu reescrever tudo.

Se você trabalha com SEO ou marketing de conteúdo, este não está sendo apenas um ano agitado e sim um divisor de águas.

E o que vem por aí exige muito mais do que seguir boas práticas.

A verdade é que os mecanismos de busca estão mudando. Mas quem realmente precisa mudar é a forma como pensamos SEO.

Pensando nisso, reunimos 6 principais tendências tecnológicas que estão reformulando o SEO.

1. IA Generativa nos mecanismos de busca (SGE)

Mais uma vez, o Google está mudando as regras do jogo.

Com a Search Generative Experience (SGE), ele começou a responder diretamente no topo da SERP usando IA generativa. 

Captura de tela da SGE do Google

Ou seja: em vez de clicar em links, o usuário pode encontrar a resposta que precisa ali mesmo, no resumo gerado pela inteligência artificial.

Segundo estudo conduzido pela Ahrefs, a IA Overview do Google reduz cliques em até 34,5% na primeira posição orgânica.

Gráfico da Ahrefs sobre os efeitos da AI Overview do Google

O resultado? Menos cliques nos resultados tradicionais e mais competição por visibilidade.

Por que isso importa (muito)?

O modelo tradicional do SEO — ranquear bem para gerar tráfego — começa a sofrer um baque.

Em vez disso, a nova batalha será: “estar presente nas fontes que a IA considera confiáveis para formar suas respostas.”

Assim como nas mudanças anteriores (Panda, Hummingbird, BERT), quem se adapta primeiro colhe os melhores resultados.

Impacto prático:

  • Redução de tráfego orgânico direto, especialmente em buscas informacionais
  • Maior valorização de autoridade de marca e conteúdo estruturado
  • Crescimento da importância de conteúdo evergreen com marcação semântica clara
  • Fontes primárias e confiáveis ganham protagonismo e quem cita elas também

Se a sua marca não for reconhecida como confiável ou não tiver conteúdo bem estruturado, ela ficará fora da resposta, mesmo tendo uma página em 1º lugar no Google tradicional.

2. Aumento das buscas por voz e linguagem natural

AI voice generator

Experimente perguntar ao Google:

Qual é o melhor horário para postar no Instagram?

É provável que você leia uma resposta direta de um site que estruturou seu conteúdo como pergunta e resposta, com dados, contexto e clareza.

Esse tipo de pergunta está se tornando o novo padrão de busca, especialmente com a ascensão de assistentes como Alexa, Siri, Google Assistant e, agora, ChatGPT Voice.

Só em 2025, uma em cada cinco pessoas fez algum tipo de pesquisa por voz.

A tendência é clara: as pessoas estão cada vez mais buscando como falam, e não como digitam.

O que muda para o SEO?

Quando a busca vira conversacional, palavras-chave exatas perdem força. 

Em vez disso, os mecanismos precisam entender a intenção real do usuário, o que exige conteúdo mais natural, direto e bem contextualizado.

Além disso, os resultados de voz geralmente priorizam uma única resposta (o “featured snippet”), o que transforma a competição em um jogo de tudo ou nada.

E para adaptar seu conteúdo, você precisa:

  1. Criar FAQs com linguagem natural. Perguntas reais que seus usuários fariam.
  2. Usar H2 e H3 com perguntas completas. O Google adora isso.
  3. Dar respostas claras, rápidas e completas nos primeiros 2 parágrafos.
  4. Evitar jargões desnecessários. Pense em como você explicaria o assunto para um amigo.

3. UX e performance estão moldando o futuro da indexação

Se você ainda vê SEO técnico como uma caixa de códigos escondida nos bastidores… é hora de atualizar essa visão.

O Google está olhando cada vez menos para sinais isolados (como a densidade de palavras-chave) e mais para como as pessoas realmente experienciam seu site. 

Captura de tela do PageSpeed Insights

O que antes era apenas um detalhe técnico, hoje se tornou um fator de ranqueamento essencial.

A experiência do usuário agora faz parte do algoritmo

Desde o lançamento dos Core Web Vitals, o Google vem reforçando uma mensagem: sites rápidos, responsivos e visualmente estáveis têm vantagem. E essa vantagem só vai crescer.

Além disso, fatores como mobile-first, acessibilidade e arquitetura limpa afetam diretamente a forma como o Google rastreia, indexa e prioriza o seu conteúdo.

Em outras palavras: se seu site trava, pula ou demora, ele não sobe.

Site lento

Impacto prático:

  • Sites com UX precária sofrem mais com queda de rastreamento e indexação parcial
  • SEO técnico e performance se tornam inseparáveis
  • Problemas visuais (ex: CLS alto) podem impedir que o Google “confie” na sua página

O que priorizar agora?

Se você trabalha com SEO, não pode mais ignorar performance técnica e UX. Elas estão no coração do ranqueamento moderno.

Comece por aqui:

  • Otimização de Core Web Vitals: especialmente LCP (Largest Contentful Paint) e CLS (Cumulative Layout Shift)
  • Design mobile-first: a experiência precisa ser fluida no celular, inclusive no 3G
  • Limpeza de scripts e CSS: remova códigos desnecessários, evite carregar tudo de uma vez
  • Mapeamento de indexabilidade e crawl budget: use ferramentas como Google Search Console e Screaming Frog para detectar gargalos

4. Conteúdo multimodal é o novo padrão do SEO

SEO não é mais só texto. Quer uma prova?

Vamos analisar a SERP para a busca “como otimizar um site”.

Gravação de tela do Google com uma pesquisa

Veja que temos basicamente a resposta da IA Overview, seção de PAA (People Also Ask) e os links azuis tradicionais.

Agora, vamos analisar a SERP para “como amarrar uma gravata”.

Captura de tela de pesquisa do google

Veja que há mais conteúdo visual do que textual. Mas, isso faz muito sentido por ser uma busca com solução bastante visual.

Hoje, quando você faz uma busca, os resultados incluem vídeos, imagens, infográficos, podcasts, snippets interativos e até carrosséis de TikTok. 

O conteúdo precisa acompanhar esse ritmo visual e multiformato, ou você corre o risco de simplesmente não aparecer.

O que está acontecendo?

Ferramentas como Google Lens, YouTube Search, Google Discover e até o TikTok estão transformando a maneira como as pessoas encontram conteúdo.

Mais do que ler um artigo, o usuário quer:

  • Assistir um resumo no YouTube
  • Ver uma explicação visual no Pinterest
  • Ouvir insights rápidos em um podcast

E o Google sabe disso, tanto que está integrando mais formatos multimodais à SERP com o objetivo de oferecer a resposta mais rica, clara e visual possível.

Impacto prático:

  • O SEO não vive mais só de texto: imagens otimizadas, vídeos com metadados e até transcrições viram ativos de ranqueamento
  • Audiência multiplataforma: quem está só no blog perde tráfego que está indo para YouTube, Shorts ou TikTok
  • Busca visual cresce rápido, especialmente em nichos como moda, comida, turismo e decoração

Em um mundo dominado por telas e estímulos visuais, quem se limita ao conteúdo textual corre o risco de virar ruído de fundo.

A boa notícia? Um conteúdo bem feito pode, e deve, viver em múltiplos formatos.

5. Dados estruturados e entidades semânticas são o novo alicerce do SEO

Durante anos, SEO foi sinônimo de palavras-chave. Mas essa era está ficando para trás.

Imagine uma clínica odontológica que publica uma página sobre “clareamento dental”.

Se ela:

  • Estrutura o conteúdo com dados de localização, tipo de serviço, preço médio, avaliações (via LocalBusiness, Service, AggregateRating)
  • Conecta o assunto com temas relacionados como “manutenção”, “sensibilidade”, “duração do efeito

Ela não só ajuda o Google a entender do que se trata, como também demonstra autoridade semântica no assunto.

Resultado? Mais chances de aparecer nos rich snippets, nas respostas da SGE e nos painéis laterais de conhecimento.

É aí que entram os dados estruturados e o conceito de entidades semânticas.

O que são entidades e dados estruturados, afinal?

Social Media marketing

No mundo da web semântica, uma entidade é qualquer coisa que possa ser claramente identificada: uma pessoa, uma marca, um conceito, uma cidade, um evento.

E o Google não está mais tentando entender apenas palavras, mas o que elas representam e como se relacionam.

Exemplo:

“Apple lançou novo produto ontem.”

O Google precisa saber: estamos falando da empresa Apple, da fruta, ou de alguma outra coisa?

Para isso, ele se apoia em contexto e vínculos entre tópicos. 

Neste ponto, não só o conteúdo da página, mas também os dados estruturados se tornam essenciais.

Eles são códigos adicionados a uma página para auxiliar os mecanismos a entenderem o significado de uma página.

Aqui está um exemplo de dado estruturado no código de uma página:

Exemplo de código de dados estruturados

E um exemplo de como eles dinamizam a exibição da página nos resultados de pesquisa.

Captura de tela do resultado de pesquisa com dados estruturados

Segundo o Backlinko, 72,6% das páginas bem ranqueadas na pesquisa do Google usa marcação de dados estruturados.

Além disso, um estudo da Milestone Research constatou que os usuários clicam em 58% dos resultados com este recurso, contra 41% de CTR nas páginas sem marcação.

Impacto prático:

  • O Google quer entender o conteúdo, não só rastreá-lo
  • Conteúdo semântico (que conecta temas relacionados e responde perguntas com clareza) tende a ranquear melhor
  • Sites que usam schema.org, FAQs, marcações de artigo, produto, local e avaliações ganham destaque em rich snippets e SGE

Como aplicar isso na prática?

Você não precisa virar engenheiro de dados. Mas precisa dominar o básico de marcação semântica e arquitetura de conteúdo.

  1. Use schema.org para marcar páginas com propósito claro: artigos, serviços, produtos, locais, pessoas, eventos, vídeos
  2. Pense em clusters de conteúdo: crie hubs temáticos e conecte-os com links internos inteligentes
  3. Inclua FAQs reais em suas páginas: elas ajudam tanto usuários quanto mecanismos de busca
  4. Otimize o conteúdo para a intenção de busca, não só para palavras exatas. Use variações, sinônimos e conexões conceituais

6. O SEO agora depende dos seus próprios dados (e não só do Google)

Por muito tempo, o trabalho de SEO girou em torno do funil de vendas e rastreamento do comportamento do usuário. 

Mas agora, com menos exatidão nos dados de usuários online, a prioridade mudou: entender o comportamento do usuário com os seus próprios dados e usá-los para melhorar resultados.

Essa transição está aproximando duas áreas que antes se ignoravam: SEO e Martech.

Por que isso está acontecendo?

O Google (e outras plataformas) estão limitando o rastreamento de terceiros por questões de privacidade e regulamentações (como o GDPR e a LGPD).

Com isso, dados como histórico de navegação, interesses e remarketing por terceiros estão sumindo do mapa.

Resultado? As empresas agora precisam se virar com o que têm: Seus próprios dados, os first-party data, coletados por meio de:

  • Formulários
  • CRM (ex: HubSpot, RD Station)
  • Comportamento no site (GA4, mapas de calor, tempo de permanência, etc.)
  • Interações com e-mails e automações

Impacto prático:

  • O SEO precisa se integrar à estratégia de dados da empresa: entender jornada, perfil e intenção do usuário
  • Otimizações passam a depender não só de ranking, mas de comportamento real no site
  • Personalização e segmentação passam a fazer parte do planejamento de conteúdo

Imagine que você gere tráfego orgânico para uma landing page com milhares de visitas, mas pouca conversão.

Integrando GA4 + mapas de calor + CRM, você pode descobrir:

  • Quais tópicos os usuários realmente exploram
  • Qual perfil converte mais (segmentos, cargos, localização)
  • Onde eles abandonam a página (scroll, cliques, etc.)

Com isso, é possível reorganizar a arquitetura de conteúdo, priorizar palavras-chave por intenção e até ajustar chamadas para ação com base em dados reais.

Como aplicar isso na prática?

  1. Configure o GA4 para capturar eventos úteis: rolagem, cliques em botões, vídeos assistidos
  2. Use ferramentas de mapas de calor e gravações (ex: Hotjar, Microsoft Clarity) para visualizar o comportamento do usuário
  3. Conecte sua estratégia de SEO ao CRM e ao time de automação: quais conteúdos geram leads reais? Quais são ignorados?
  4. Use Looker Studio (antigo Data Studio) para criar dashboards que cruzam tráfego orgânico + conversões + comportamento

Na era pós-cookie, quem domina seus próprios dados tem vantagem competitiva.

SEO não acabou. Ele evoluiu de novo!

Para acompanhar esse cenário de constante mudança, os profissionais precisam repensar suas abordagens. 

É essencial dominar ferramentas de IA, organizar conteúdos por intenção e entidades, integrar dados do usuário às decisões de SEO, investir em performance real do site e produzir conteúdos adaptados para múltiplos formatos. 

Não basta apenas ranquear, é preciso compreender o comportamento do usuário, criar experiências úteis e construir autoridade nos ambientes que realmente importam.

A boa notícia? As oportunidades estão aí para quem souber se adaptar. 

O SEO segue sendo um dos canais mais poderosos do marketing digital, mas agora ele exige inteligência, integração e criatividade. 

O futuro não é sobre burlar o algoritmo. É sobre ser útil, relevante e confiável o suficiente para ser escolhido por ele.

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